sexta-feira, setembro 11, 2009

Em direção à expressão autônoma.
















As questões abordadas pelos alunos nas aulas de Artes Visuais como “pintura bonita” e “pintura feia” levaram-me a compreender que as indagações de alguns alunos sobre a estética pictórica não estavam ligadas só ao aspecto da beleza, mas a preferência de uma leitura visual em que a pintura e sua representação remetessem a leitura de mundo.

ROSSI [1] observa que o aluno estabelece esta relação quando demonstra acreditar que a imagem é, literalmente, a representação do mundo, das coisas que existem e acontecem. Para os alunos da escolinha de artes era muito mais fácil aceitar pinturas em que eles pudessem entender o que estavam vendo na maioria das vezes pinturas cujas imagens lembravam o mundo em que viviam.

Como se isso não bastasse, os alunos foram estimulados em experiências com professores anteriores a reproduzir pin-turas de artistas já consagrados, com o tempo os alunos compreendiam que as reproduções eram mais seguras para alcançar uma aceitação das pessoas, já que remetiam às lembranças de “figurinhas conhecidas” vistas em algum livro de artes.

Esta acomodação imagética teria de ser vencida em etapas proporcionais. Teria que recorrer ao princípio de tudo, às linguagens visuais viriam se apresentar de forma lúdica, do contrário muita técnica desestimularia os alunos.

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